terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Mais quatro anos....

Dilma se reelegerá, disso não tenho dúvidas. Cada vez mais jorra dinheiro para  as classes menos favorecidas. São bolsas de todos os tipos. Não existem programas governamentais para resgatar essas pessoas da miséria. As favelas continuam crescendo. Não há perspectiva para quem mora ali. Quem dali consegue sair e se dar bem na vida pode ser considerado um ganhador da loteria. Há falta de saúde, segurança e saneamento básico.  A educação não melhora, piora a olhos vistos ou inexiste. O transporte está um caos quando há. Os políticos continuam os mesmos; são só promessas. O judiciário, que era a última tábua de esperança, começa a ruir. O que podem esperar essas pessoas senão a manutenção das bolsas. Sabedouras de que a sua comunidade não irá apresentar melhorias, de que sua qualidade de vida e de seus filhos não aumentará, vão manter o governo que lhes provêm a migalha mínima. E esses eleitores compõem 48% do eleitorado brasileiro. Enquanto isso a classe média (não aquela proposta pela Dilma, mas a verdadeira), cada vez mais sugada, apertada, começa a levantar a bandeira do voto em branco, do voto nulo ou do abster-se. Valha-me Deus. Talvez esperem que a classe alta faça algo. Como se não soubessem que a classe alta se beneficia cada vez mais destes que governam a nação. Dizem em alto e bom tom: “eu não gosto de política...se pudesse eu não votava..afinal político é tudo igual”. Acreditam que saindo na rua e gritando “vem para rua”  mudarão algo. Coitados. A eleição está entregue de bandeja. Dilma mais quatro anos.

domingo, 17 de junho de 2012

CHEESECAKE DE MARACUJÁ.



CHEESECAKE DE MARACUJÁ.

Gosto de cozinhar, mas minhas incursões são mais na área dos salgados. Acredito não ter grandes experiências em doces e afins. O açúcar não é um território onde me mova com destreza. Dos derivados da cana-de-açúcar o único com quem tenho um certo grau de relacionamento, de forma moderada, é a danada da cachaça. Aprecio uma caipirinha bem feita, apesar de me causar uma dor de cabeça dos diabos. Possivelmente culpa do açúcar que vai nela. Mas este final de semana resolvi explorar tal área ao ver Olivier Anquier no GNT preparar um cheesecake (a receita está no site http://gnt.globo.com/receitas/Receita-de-Olivier-Anquier--cheesecake-com-calda-de-maracuja.shtml). Para minha surpresa e de quem comeu ficou muito bom. Indico para àqueles que gostam de um doce com uma pitada cítrica para cortar o açúcar. O aroma e o sabor do maracujá deixaram a iguaria deliciosa. Depois dessa incursão satisfatória pelo mundo das guloseimas doces vou me atrever mais vezes nesse paraíso, mas sempre com a devida moderação de no máximo duas fatiazinhas por domingo. No mais é pura gulodice.

domingo, 6 de maio de 2012

A corrupção e você.

Você se corromperia? Qual o valor das suas convicções? Será que a máxima de que todos têm um preço é verdadeira? Todos dirão um não de forma categórica. Capaz! Sou honesto! Político é que é corrupto! Eu não, exclamariam. Mas é difícil entender que no Brasil somente os políticos são corruptos. Afinal, somos mais de 200 milhões de pessoas com uns milhares de políticos. Será que eles sozinhos conseguiriam manobrar e manter toda a máquina de corrupção que se encontra inserida no país. Acredito sinceramente que não. Os políticos não são o mal da corrupção. O mal dela são os corruptores. São eles que a fomentam. Ela é via de mão dupla. Se fosse única não teria fluxo. Temos uma cultura de somente criticar os corruptos, que neste caso acreditamos serem os políticos. Mas esquecemos dos empresários e das pessoas comuns como eu e você.  Numa pesquisa feita em 2011 o Brasil subiu do 17º lugar para o 14º lugar no ranking que avalia a disposição das empresas em pagarem propina. Imagine se essa pesquisa fosse estendida para os trabalhadores. Qual o percentual daria? Antes de responder faça um exame de consciência. Imagine-se sendo multado por embriaguez ao volante. Agora imagine o guarda pedindo cinquentinha para liberar você. Não responda. Apenas imagine a sua resposta. Se ela for pela multa, parabéns, pegue a bandeira contra a corrupção e vá à luta. Se for pelo pagamento dos cinquentinha, meu camarada guarde a bandeira. A luta não é sua.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PIZZA DO "TIO VERMELHO".

Acho que se elegessem as oito maravilhas da culinária a pizza estaria entre elas sem sombra de dúvida. Acredito que não haja lugar no mundo onde a pizza não faria sucesso. É daquelas comidas que até fria fica boa. E no outro dia então, nem se fala. Abrir a geladeira e encontrar um pedaço de pizza é como encontrar um tesouro. Com coca-cola fica melhor ainda. Além de gostar de comer pizza, adoro fazê-la em casa. Sempre testo receitas novas. Algumas não dão certo. Outras ficam estupendas. Entendo que 80% do sucesso da pizza se devam a massa. Os outros 20% ficam por conta do molho e recheio. Já tentei inúmeras receitas de massa, e nenhuma ficou tão boa quanto à do Felipe Stangerlin. Felipe é um dos poucos AMIGOS que eu fiz na cidade de Caxias. Desde que aqui cheguei conheci Felipe. Um baita parceiro. Amigo daqueles que valem tanto ou mais do que um irmão. Pois estes dias o Felipe veio até minha casa e fez umas pizzas. Rapaz! Ficaram inigualáveis. A receita leva 1 kg de farinha trigo de boa qualidade, 10 gramas de fermento para pão, 20 gramas de açúcar, 80 ml de óleo de soja, 500 ml de água e 20 gramas de sal. Mistura-se todos os secos, menos o sal. Após mistura-se o óleo e vai amassando e misturando a água aos poucos até formar uma massa uniforme. Amassar até ficar bem elástica e uniforme. Aí entra o sal. Vá derrubando na bancada o sal e trabalhando a massa sobre sal até ter incorporado todo ele. Deixe descansar coberta com um plástico. Abra as massas com um rolo sem muita força. Coloque nas formas e cubra com molho e o recheio. Leve ao forno para assar.  Ficam divinas. Não há pizzaria nenhuma que faça uma massa dessas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MPB, ONDE ESTÁ VOCÊ?

Li no Jornal Pioneiro deste final de semana uma matéria referente às origens de Michel Teló, cantor que tem estourado nas paradas de sucesso, e fiquei a pensar qual o caminho da música brasileira. Tão rica em compositores e cantores a música popular brasileira atravessa um momento surreal. Nunca se vendeu tanto com tão pouca qualidade. Canções como “ai se eu te pego”, “Ai ai aiaiaiai assim você mata o papai” ou “tcherere tchê tchê” estão entre os hits mais pedidos e tocados pelas rádios brasileiras e quiçá mundiais como o lançamento da versão em inglês de Teló. Aí eu me pergunto: onde foram parar os Chicos, as Elises, Betânias, Raulzitos, Cartolas, entre outros? Será que viraram fósseis? Estamos perdendo as referências. Não que eu seja contra as músicas de Teló & Cia. Longe disso. Elas têm que existirem. São sucessos de momento que passam. Fazem parte da cultura musical. Foi assim com Beto Barbosa, Magal, etc.... Minha preocupação é com àquelas composições que atravessam décadas, como “Águas de março”, “Trem das Onze”, “Como nossos pais”, “Apesar de você”, “Morena de Angola” ou “As rosas não falam”. Por  onde andam esses compositores de quilate superior? Serão uma raça em extinção? Espero que não, para o bem da música brasileira. Sim, por que não podemos continuar vivendo de regravações dos sucessos ano após ano. Não sei se sou nostálgico, mas acho falta dos Festivais de Música – só peguei os Schell. Nossa maior época de ouro na composição brasileira – anos 60/70/80 – foi acompanhada de diversos festivais. Até parece que o berço dos compositores seriam os festivais. Parafraseando um trecho de uma canção de Chico intitulada “Apesar de você” também espero que “Amanhã há de ser outro dia, ainda pago pra ver, o jardim florescer para música popular brasileira.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A Música é universal, o volume é particular.

Começam baixinho e vão subindo. Não tem hora para tocarem. Não pedem licença e não estão nem aí para quem vai ouvir. Que se danem. Eu curto música BEM ALTA.
A geração “autossom”, sim, por que tivemos a geração “rock’n roll”, “coca-cola”, e agora estamos nessa, deve acreditar que todos gostam de música alta. Os que não gostam são “ultrapassados”. Afinal quem não gosta de um sertanejo universitário a todo volume às duas da manhã. Ou um pagode ou rap. Só pode ser um demente que não curte a batida. A música é universal, o volume é particular. Se você gosta de som alto, dê ao seu vizinho o direito de não gostar. As pessoas não são iguais. Somos diferentes e temos gostos diferentes. Essa diferença que a geração “autossom” não consegue perceber. Indico a eles que façam o seguinte teste: às duas da manhã do próximo sábado liguem o volume dos potentes autofalantes dos seus carros ao máximo e toquem música durante 02 horas seguidas sem baixar o volume. Façam essa experiência. Sim, mas façam-na embaixo da janela do quarto dos seus pais. Importantíssimo ressaltar que os “papis” de nada saibam. Vejam a reação deles e tirem suas conclusões. Acredito que até os nonos que porventura forem surdos voltarão a ouvir. Façam isso. Se os pais aprovarem, parabéns, são cabeças. Se não, também lhe dou os parabéns com mais apreço, são responsáveis. De posse dos resultados, nas próximas vezes pensem bem em que altura colocarão o som e a que horas. A propósito, o exemplo proposto vale também para àqueles pastores que acreditam que Deus é surdo. A meu ver Deus não é surdo. Somente encheu o saco de ouvir tanta gritaria.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mais Conectados e cada vez Mais Isolados.

Foi-se o tempo em que bater papo era um encontro de duas pessoas ao vivo e a cores. Sentavam no sofá, no banco da praça, em bares ou onde melhor lhe aprouvesse e ali conversavam frente a frente. Olhavam nos olhos e sentiam todas as emoções um do outro. Era uma troca de sentimentos. No simples linguajar, chorava-se e ria-se juntos.
Épocas que foram ficando para trás. Hoje, no máximo as pessoas se cumprimentam e trocam dois ou três monossílabos. A pressa impede uma conversa mais profunda. Ninguém tem tempo a perder com o velho “papo furado”. O papo foi literalmente furado, ou seja,  esvaziado. Moramos em edifícios com centenas de apartamentos, mas não sabemos o nome do nosso vizinho de porta. De certo não procuramos saber o nome do vizinho por que ele é somente o nosso vizinho. Dê que valem os vizinhos? Isso não é privilégio dos outros. É meu também. No prédio onde moro sei o nome somente de dois ou três moradores. E olha que não são muitos. Devem ficar em torno de 11 famílias. Não sei ao certo nem isso. No meu trabalho existem mais de cinqüenta colegas e me relacionei somente com um, que por azar foi embora. Os demais conheço os nomes em face da obrigatoriedade do uso do crachá. Mas se olharmos nossas páginas de relacionamentos, e todos possuem uma, encontraremos lá mais de uma centena de amigos cadastrados. Mas será que podemos considerá-los como amigos? Afinal muitas vezes os adicionamos simplesmente por conhecer alguém que o conhece. O amigo do amigo do amigo. Postamos fotos, vídeos, mensagens para todos os “pseudos” amigos que temos compartilhados. Formamos o verdadeiro círculo dos amigos virtuais. Sua presença deixou de ser interessante. Não precisamos mais do seu contato visual. Afinal já o vemos em fotos. Estamos nos fechando para o verdadeiro sentido da amizade. O da boa conversa, do abraço, do afago, do carinho. Tudo isso foi trocado pelo “curtir”,”compartilhar”, etc... Estamos cada vez mais conectados com todos e isolados de todos. Virtualmente isolados.