sábado, 17 de dezembro de 2011

A Música é universal, o volume é particular.

Começam baixinho e vão subindo. Não tem hora para tocarem. Não pedem licença e não estão nem aí para quem vai ouvir. Que se danem. Eu curto música BEM ALTA.
A geração “autossom”, sim, por que tivemos a geração “rock’n roll”, “coca-cola”, e agora estamos nessa, deve acreditar que todos gostam de música alta. Os que não gostam são “ultrapassados”. Afinal quem não gosta de um sertanejo universitário a todo volume às duas da manhã. Ou um pagode ou rap. Só pode ser um demente que não curte a batida. A música é universal, o volume é particular. Se você gosta de som alto, dê ao seu vizinho o direito de não gostar. As pessoas não são iguais. Somos diferentes e temos gostos diferentes. Essa diferença que a geração “autossom” não consegue perceber. Indico a eles que façam o seguinte teste: às duas da manhã do próximo sábado liguem o volume dos potentes autofalantes dos seus carros ao máximo e toquem música durante 02 horas seguidas sem baixar o volume. Façam essa experiência. Sim, mas façam-na embaixo da janela do quarto dos seus pais. Importantíssimo ressaltar que os “papis” de nada saibam. Vejam a reação deles e tirem suas conclusões. Acredito que até os nonos que porventura forem surdos voltarão a ouvir. Façam isso. Se os pais aprovarem, parabéns, são cabeças. Se não, também lhe dou os parabéns com mais apreço, são responsáveis. De posse dos resultados, nas próximas vezes pensem bem em que altura colocarão o som e a que horas. A propósito, o exemplo proposto vale também para àqueles pastores que acreditam que Deus é surdo. A meu ver Deus não é surdo. Somente encheu o saco de ouvir tanta gritaria.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mais Conectados e cada vez Mais Isolados.

Foi-se o tempo em que bater papo era um encontro de duas pessoas ao vivo e a cores. Sentavam no sofá, no banco da praça, em bares ou onde melhor lhe aprouvesse e ali conversavam frente a frente. Olhavam nos olhos e sentiam todas as emoções um do outro. Era uma troca de sentimentos. No simples linguajar, chorava-se e ria-se juntos.
Épocas que foram ficando para trás. Hoje, no máximo as pessoas se cumprimentam e trocam dois ou três monossílabos. A pressa impede uma conversa mais profunda. Ninguém tem tempo a perder com o velho “papo furado”. O papo foi literalmente furado, ou seja,  esvaziado. Moramos em edifícios com centenas de apartamentos, mas não sabemos o nome do nosso vizinho de porta. De certo não procuramos saber o nome do vizinho por que ele é somente o nosso vizinho. Dê que valem os vizinhos? Isso não é privilégio dos outros. É meu também. No prédio onde moro sei o nome somente de dois ou três moradores. E olha que não são muitos. Devem ficar em torno de 11 famílias. Não sei ao certo nem isso. No meu trabalho existem mais de cinqüenta colegas e me relacionei somente com um, que por azar foi embora. Os demais conheço os nomes em face da obrigatoriedade do uso do crachá. Mas se olharmos nossas páginas de relacionamentos, e todos possuem uma, encontraremos lá mais de uma centena de amigos cadastrados. Mas será que podemos considerá-los como amigos? Afinal muitas vezes os adicionamos simplesmente por conhecer alguém que o conhece. O amigo do amigo do amigo. Postamos fotos, vídeos, mensagens para todos os “pseudos” amigos que temos compartilhados. Formamos o verdadeiro círculo dos amigos virtuais. Sua presença deixou de ser interessante. Não precisamos mais do seu contato visual. Afinal já o vemos em fotos. Estamos nos fechando para o verdadeiro sentido da amizade. O da boa conversa, do abraço, do afago, do carinho. Tudo isso foi trocado pelo “curtir”,”compartilhar”, etc... Estamos cada vez mais conectados com todos e isolados de todos. Virtualmente isolados.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Utopia caiu por terra

Final do ano chegando, brasileirão acabando e o Inter ainda sonhando com a dita vaga na Libertadores. Até algumas rodadas atrás os colorados ainda sonhavam com o título. A utopia andava solta pelos lados do beira-rio. Era um tal de “estamos chegando”, “o time está engrenando”, “agora vai”, e a torcida ali, acreditando, esperando a dita chegada, engrenada ou ida. Mas ela não veio. O time não passou da sétima posição da tabela. Melhorou somente uma posição após a saída de Falcão. Dorival até agora não mostrou a que veio. Mas a direção faz coro na sua utopia: “temos um excelente grupo”. Coisas para inglês ver. O beira-rio virou uma fantástica fábrica de ilusões. De certeza somente a venda de Damião para a Europa. O resto são sonhos e fantasias. A própria reforma do estádio parece caminhar para este lado, do faz-de-conta. Falcão poderia ter seus defeitos e erros, mas foi de uma certeza absoluta quando disse a frase “não temos grupos para ganhar o brasileirão”. Esta frase acredito que deva ter mexido mais com as estruturas da fábrica de sonhos colorada do que as três derrotas que deram azo a sua demissão. Luigi em nenhum momento parou de imaginar a vitória. Tal como Hitler sonhava com a vitória ainda quando a Alemanha já estava arrasada aos seus pés. Não desceu do seu pedestal imaginário de que o time dos sonhos nunca daria certo, pois a realidade por vezes é dura e cruel. Devemos, no final de 2012, desculpas a um de nossos maiores ídolos, afinal estava coberto de razão. Falcão, desculpai-nos! Se não o quiseres fazer, entenderemos. Afinal estávamos como a Alemanha, iludidos. Mas tal como esta, a utopia de conquistar alguma coisa terminou caindo por terra. Acordamos do sonho e seguimos em frente. Afinal a vida continua. Sonhar é bom, mas viver do sonho é utopia

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A copa do Mundo vem aí....

No longínquo dia 30 de setembro de 2007 a FIFA anunciava na sua sede em Zurique que o país escolhido para sediar a vigésima copa do mundo seria o Brasil. Os meios de comunicação noticiaram como se fosse a oitava maravilha do mundo. Em muitas capitais houve festejos. O povo em êxtase quedou-se maravilhado. Passados 64 anos – número que ficou marcado na cabeça de muitos brasileiros como sendo um marco negativo – teríamos novamente uma copa do mundo em solo pátrio e a possibilidade de apagarmos da memória a tragédia de 50. Poucas vozes foram contrárias, e as que se levantaram contra foram taxadas de apatrióticas. Decorridos 04 anos do anúncio começam a estourar denúncias de corrupção, desvios de verbas, escândalos, obras superfaturadas, etc... . Mas somente um verdadeiro imbecil não teria a certeza de que tais fatos iriam acontecer. O exemplo estava colado na parede mas ninguém queria ver. O Pan-americano disputado no Rio no mesmo ano do anúncio teve seu orçamento inicial estourado em 10 vezes. Isso que o Pan teve apenas uma sede. Imaginem agora a copa do mundo, com 14 sedes. O orçamento atual do evento gira em torno dos 112 bilhões de reais. Não é mentira não ( copiando o bordão da Dona Jura). São 112 bilhões de reais para 30 dias de eventos. Para se ter uma idéia, Manaus que não possui nenhum time de futebol de grande expressão terá um estádio de 500 milhões de reais. Um verdadeiro elefante branco no meio da Amazônia. 500 milhões de reais que teriam mais utilidade se fossem colocados em pesquisas de novos medicamentos com plantas da selva Amazônica. Cuiabá também receberá um estádio de 500 milhões de reais. Dinheiro que poderia ser mais bem utilizado em pesquisas no Pantanal. Somente com esses exemplos somamos um bilhão de reais postos fora. Sim, por que o turismo atraído por essas cidades não compensará o investimento feito pelo governo nos estádios. Mas o que mais me chateia não é a população, mas sim a imprensa que tudo sabe e queda silente. Nunca levantou a bandeira de que Copa do Mundo é coisa de país desenvolvido. Vislumbrou apenas o lucro futuro com a publicidade das empresas de bebidas e veículos. Simplesmente noticia os escândalos. Em nenhum momento levanta a questão de que não temos capacidade de organizarmos tal competição. O tempo, que é o senhor de tudo, nos mostrará o quanto à copa vai nos custar. Quantos hospitais, escolas, creches, etc.. foram jogados foras. Parafraseando o hino da copa de 70, podemos cantá-lo da seguinte forma agora: Cento e dezoito bilhões em ação, pra frente Brasil, salve a nossa seleção, novamente é aquela corrente, pra frente Brasil, todo mundo metendo a mão...

sábado, 10 de setembro de 2011

Patrão, tá boa a .........

Demorei a voltar a escrever por que estava nas merecidas férias, e como se sabe férias são para não se fazer nada. E este ano eu levei ao pé da letra. Foram dez dias maravilhosos. Nunca havia tirado férias dessa forma. Sem erguer um dedo para nada. Um verdadeiro come e dorme. O sul da Bahia é propício para isso. Os baianos, com seu jeito manso e calmo nos transmitem paz. Em Porto Seguro não há pressa. Tudo é feito ao seu tempo. O dia é parado, a brisa é calma e o mar é manso. Levantar sem ter algo programado para fazer. Foi inédito para mim. Celular desligado. O mundo não existia literalmente, pois nem a internet pegava direito. Agradeci aos céus. É uma paz interior regada a muita água de coco e peixe, não esquecendo da cerveja gelada, que foi o único hábito que levei daqui para essas férias. Afinal ninguém é de ferro. E o tratamento dispensado na beira da praia? Me senti um Senhor de Engenho. Era um tal de: “Patrão quer mais uma água”, “Patrão, a sombra ta boa?”, “Patrão, posso trazer o almoço? Me senti como um sultão. Mas como tudo que é bom tem um certo preço, mês que vem estou adiando a abertura da caixa de correio. Não quero me encontrar com faturas de cartões. Devem vir recheadas. Afinal, a única pergunta que me faziam era: Vai pagar em dinheiro, visa ou master? Sim, por que cheque baiano não aceita não Patrão.
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

VAI ALGEMAR? PERGUNTE ANTES QUEM ELE É....

Criei-me vendo filmes na televisão e no cinema. Adorava filmes policiais. Neles os bandidos sempre que eram presos saiam algemados. Aquelas cenas me traziam uma sensação de segurança. Colocadas as algemas, o bandido não era mais uma ameaça. A polícia havia cumprido seu papel e a justiça triunfara. Poderia até dizer que as algemas transmitiam a própria sensação da justiça, salvo para alguns mais sádicos em que elas transmitem sensação de prazer. Como não faço parte destes fico com a primeira. Mas esta sensação de justiça, aquele último resquício, parece estar com os dias contados para uma parcela da população. E não é preciso nem responder para qual. O amigo que está lendo este modesto texto e não foi afortunado pelo destino com cifras polpudas ou amigos influentes continuará a usá-las caso cometa algum ilícito penal. No chavão popular, um crime. Mas para a pequena parcela afortunada da sociedade algemas somente serão usadas nas alcovas íntimas, onde não trarão sensação de justiça, mas sim, de delícia. Sim, por que agora, antes de algemar o bandido, a polícia deverá perguntar qual a sua posição social. Se for do alto clero, cuidado. As algemas podem sair dos braços do algemado para os do algemante num piscar de olhos. Não é brincadeira. Quem dera fosse. Hoje mesmo li no jornal que o Ministro da Justiça solicitou que a polícia explicasse se as algemas foram usadas de forma correta. Caso for constatado o uso incorreto das algemas, o policial que fez uso delas erroneamente poderá responder. O que me intriga nisso tudo é que nunca vi um Ministro da Justiça solicitando explicações à polícia quando da prisão do Zezinho da vila. Nesse tasca a algema e pronto. Afinal as algemas e o código penal foram feitos sob medida para ele.  Por isso digo que se vai algemar, pergunte antes quem ele é. Se não tiver certeza, guarde-as para usar com a amada. É mais seguro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Caldo Verde. Um Santo Remédio para os Dias Frios.


Nesses dias em que o frio bate em nossas portas, nada melhor para aquecer do que uma boa lareira, um belo fogão à lenha ou até mesmo um aquecedor elétrico. O ambiente fica mais aconchegante e gostoso. Aliados a eles nas noites frias uma boa pedida são as sopas. Fugindo um pouco da tradicional sopa de aignoline que está presente em nove de cada dez casas caxienses, trago hoje a receita de uma sopa de origem portuguesa. O caldo verde. Tradicional na cozinha lusitana, caiu como uma luva no nosso rio grande, onde o clima frio é tradicional. Como o frio torna a arte de digitar algo difícil, paramos por aqui com o trololó e vamos à receita, a qual adaptei ao meu gosto.
Para 04 pessoas você vai precisar de:
- 01 gomo de paio
- 01 gomo de lingüiça calabresa defumada
- 01 cebola média picadinha
- 01 dente de alho amassado
- 02 batatas grandes ou 04 pequenas cortadas em rodelas finas
- 01 maço de couve picadinho bem fininho
- 1,5 litro de caldo de carne ou galinha ( se não tiver use 1,5 de água fervente e 01 tablete de caldo)
- 02 colheres de farinha de trigo
- 02 colheres de azeite
- Sal e pimenta a gosto ( cuidado que a lingüiça, o paio e caldo já tem sal)
Opcional:
- 01 xícara de ervilhas congeladas
- 02 colheres de azeitonas verdes picadinhas

Em um caldeirão aqueça o azeite e frite o paio e a calabresa. Quando estiverem dourando junte a cebola e após o alho e refogue bem. Após as batatas e deixe fritar um pouquinho. Por fim coloque a farinha de trigo e mexa bem para não empelotar. Após jogue por cima o caldo ou a água fervente (se usar a água fervente não esqueça o tablete de caldo). Deixe cozinhar até a batata estar cozida. Coloque a ervilha e cinco minutos após  a couve. Deixe cozinhar rapidamente e desligue. Coloque a pimenta e apure o sal.
Sirva em cumbucas decoradas com as azeitonas picadas, fios de azeite de oliva e torradinhas.
Proporciona um calor no corpo que você terá vontade de sair dançando e cantando “ é uma casa portuguesa com certeza...”
Acompanha um bom cálice de tinto português.
Buono Apetit.

domingo, 7 de agosto de 2011

Minha Casa Minha Vida (ou seria Dívida)

Criado pelo governo federal para ser a solução de moradia para as famílias de classe mais baixa, o programa Minha Casa Minha Vida caminha para uma mudança no seu nome. Em pouco tempo o programa será chamado de Minha Casa Minha Dívida. E o que leva a essa conclusão. A baixa qualidade das obras. Apartamentos e casas que com menos de um ano de uso apresentam rachaduras, infiltrações, mofo, vazamentos, mau cheiro, etc... O morador se vê num beco sem saída afinal diferente de uma casa de aluguel, nesta o imóvel é seu, logo, a perspectiva de mudança é pequena. Além disso, na maioria das vezes o financiamento é de 30 anos, razão pela qual o mutuário estará preso pelos próximos anos. A quem recorrer? A maioria dos mutuários não sabe a quem. Quem compra uma casa dessas só quer saber de apresentar os papéis, assinar o contrato e mudar-se para fugir do aluguel.  Com o passar do tempo, o mutuário acaba se acostumando com os problemas que imóvel apresenta e reza todos os dias por uma solução mágica que melhore sua condição de habitabilidade, sabedouro de que se deixar de pagar as prestações a CEF, na grande maioria é ela o agente financeiro, entrará com uma ação de execução do contrato e levará o imóvel a venda. Dessa forma, acredito que em um curto espaço de tempo o judiciário federal estará abarrotado de processo de revisão dos financiamentos feitos através do sistema Minha Casa Minha Vida. Acredito que nessa fase o governo, tentando mostrar competência, criará uma vara federal para julgar as ações do programa. Lógico que sem provê-la de servidores. Fará um remanejo retirando servidores das varas previdenciárias para as novas criadas. Afinal a previdência não necessita de pressa. Para que o brasileiro necessita de aposentadoria e auxílio doença. O Judiciário ficará mais emperrado e a solução somente não virá por esse motivo. O governo dirá que não é culpa sua, afinal está nas mãos da justiça.  Por isso meu caro mutuário, já vá trocando o nome no seu carnê. Escreva lá bem grande: MINHA CASA MINHA DÍVIDA

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ADOTE UM NEGATIVO

Hoje é início de mês e o meu salário, ou melhor, remuneração, pelos trinta dias trabalhados no mês anterior já se foi. Inteirinho. Olhei no extrato para ver se não havia engano e encontrei a triste realidade: saldo negativo. Ou como preferem alguns, saldo ascendente ao contrário. Tipo no futebol a tabela do Z4, aqueles que serão rebaixados.
Já pensei até em conversar com meu gerente para conseguir uma remuneração do meu negativo, mas o que ele conseguiu foi aplicar uma remuneração invertida, ou seja, que eu deveria pagar ao banco. Pensei como pode. Trabalhei 22 dias, oito horas por dia, e em menos de cinco dias, com uma hora por dia gastei tudo que ganhei. Ingrata essa fórmula de remuneração do trabalho. Deveria ser ao contrário. Trabalharíamos cinco dias e gozaríamos o restante. Tentei um consolo, pensar que dinheiro não é tudo na vida, existem coisas melhores para aproveitar. Não consegui. Acho que por que sou capitalista e gosta das coisas boas da vida que são pagas. Já tentei inclusive um trabalho extra, mas não consegui seguidores e ainda perdi mais um pouco do meu pequeno capital. Não tinha jeito para a coisa. Imaginei que poderia ter sido jogador de futebol o artista de novelas, afinal eles ganham tanto. Desisti do futebol, afinal jogava de goleiro e era frangueiro. Na novela nem tentei. Apesar de todo esse esforço meu extrato continuava inerte, crescendo que nem aipim. Um amigo me indicou a bolsa de valores, mas com a ressalva de somente aplicar aquilo que estivesse sobrando. Como não tenho nada sobrando, mas sim faltando, passei a vez. Procurei um auxílio especializado. Um analista, que mais parecia uma calculadora, somou os meus rendimentos e as minhas contas e chegou à seguinte conclusão: que eu ganhava menos do que gastava. E o desgraçado ainda me cobrou para dizer algo que eu sabia. E com o ar superior ainda disse que eu deveria economizar. Mas economizar como, tinha filho na faculdade, uma prestação no Minha Casa Minha Vida, uns crediariozinhos, o supermercado, afinal alguma coisa teríamos que comer além de beber água. Sem contar água e a luz. Não, não tinha como economizar. Pensei em fazer um seguro de vida, mas o gerente me alertou que em casos de suicido o banco não pagava a apólice. Não tive outra escolha. Adotei o negativo como se fosse um filho. Afinal um a mais na casa não faria diferença.
Todo mês eu pagava a sua única prestação, aqueles módicos jurinhos, e ele ficava quietinho sem reclamar. Não reclamava da comida fria, da TV sem cabo, do futebol no domingo, da pelada com os amigos. Era o filho que pedi a Deus.  Santo e bondoso negativo. Quando aprendi a conviver com ele, tudo mudou. Hoje sou feliz. Eu, minha esposa, e meus filhos Paulinho e Negativo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Frio

Frio não pede licença,
entra por qualquer buraco,
e se instala até o fundo da nossa alma.
Gelado,
Congelante,
Frio apavorante.
Minuano, Serrano ou Litorâneo,
São todos iguais,
gelam dos pés à cabeça.
Não tem luva ou manta,
jornal ou fogueira,
que aqueça.
Nem o trago esquenta,
quando o danado entra,
Faz doer os ossos e trincar os dentes.
Frio,
amargo Frio,
rezemos que se vá.
Que venha a primavera,
florida, cheirosa,
oposto do emburrado, molhado,
inverno gelado,
que dificulta até o pensar.

domingo, 31 de julho de 2011

EU SOU CONTRA O AUMENTO DE VEREADORES EM CAXIAS DO SUL


Os vereadores de Caxias do Sul já aprovaram em 1º turno a alteralção na Lei Orgânica do Município
que aumenta o número de vereadores de 17 para 23.
Aí eu me pergunto para que esse aumento. 
Algum já assistiu a um programa da Câmara de Vereadores de Caxias.
Passa no canal 17 ou 18 da Net.
Quando leem as proposições dos vereadores, a sua grande maioria refere-se a troca de lâmpadas nas ruas, calçamento, falta de coleta de lixo, etc... Picuínhas que poderiam ser resolvidas diretamente na 
Administração Muncipal, sem a intervenção dos Vereadores. 
A grande maioria dos Vereadores passa o mandato inteiro utilizando-se do pedido de providências 
para mostrar a população que é um "parlamentar atuante".
Mas qual a verdadeira função do Vereador?
No Brasil os Vereadores tem função Legislativa, ou seja, função de criar as leis do muncípio.
A propósito, alguem lembra de uma lei criada por um vereador de Caxias do Sul que tenha
lhe influenciado? Eu não lembro de nenhuma.
As únicas que conheço são aquelas julgadas inconstitucionais em face da publicidade, como a que prorrogou o contrato dos estacionamentos pagos.
Vereador é um cargo importante e necessário para a democracia. 
Mas não acredito que o município precise de um número de vereadores correspondente a sua população.
Acredito sim que sejam necessários vereadores competentes, que conheçam os anseios da população e fiscalizem a atuação do executivo, não como meros pedintes, mas sim com vigilantes do executivo, cobrando a execução das políticas públicas de campanha.
Acredito que 17 vereadores é um número ideal para um município do porte de Caxias do Sul.
Vale lembrar que além dos 6 vereadores que serão acrescidos, virão quantos mais CC,
assessores, secretárias, etc... 
Os 6 se tranformarão em 36 com certeza.
Por isso sou contra o aumento do número de Vereadores.
E todos os cidadãos caxienses devem tomar e externar a sua posição.
Através das redes sociais conseguiremos mobilizar a população para este importante fato político.

Pão com Alho

Sempre gostei de ter no churrasco um paozinho com pasta de alho para aperitivo.
Comprei diversas pastas de alho industrializados. Todos tem um gosto forte de alho
e a margarina utilizada é de baixa qualidade.
Então decidi fazer minha própria pasta de alho.
E para minha surpresa todos os colegas que provaram dela aprovaram.
A receita é simples:
01 embalagem de margarina 250 gramas de boa qualidade (utilizo a Qually)
05 dentes de alho esmagados
01 envelope de sazon amarelo
Misture todos os ingredientes. Está pronta a pasta de alho.
Esta é uma pasta base. Você pode adicionar os seus ingredientes.
Queijo ralado, azeite de oliva, adobo, ervas finas, pimenta, orégano, etc....
Use a sua imaginação.
Feito a pasta, abra os cacetinhos ao meio ( como para cachorro-quente)
e espalhe uma colher de sopa em cada um.
Feche e leve ao fogo.
Pode ser assado na churrasqueira, forno ou torradeira.
Fica uma delícia.
Para finalizar. Use o pão do Zafarri.
O sucesso será certo.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Um verdadeiro Trouxa Mental

Estes dias descobri que além da miopia e do astigmatismo que me acompanham desde os quatorze anos, sofro de uma doença bem mais perigosa nos olhos, daquelas que nem os oftalmologistas dão conta. Comecei a perceber que estava sofrendo da cegueira que me impede de ver a realidade. Não sei que nome a ciência dá a esta doença. Acho que chamam de intolerância, fanatismos ou outros nomes que refletem esta cegueira mental.
Sinto que a mesma começou a instalar-se após os anos de chumbo, quando imaginamos que com a chegada das eleições livres, tudo pudesse começar a mudar. A mudança não veio. O tempo passou. E a doença continuou a agravar-se. A cada ano a crença de que tudo que fazíamos era certo e o que os outros faziam sempre estava errado. Éramos os corretos, os honestos, os sábios. Para tudo sempre tínhamos uma resposta ou uma explicação. Falávamos de boca cheia, expressando uma cultura inútil com a vã imaginação de que estávamos com a razão. Mas na mesma medida que defendíamos as atitudes, o tempo teimava em mostrar que a realidade era outra. Ora, pensávamos, o tempo estava errado, e seguíamos a nossa “Jirrad”. Não havia retorno, a doença nos cegava, a mim e a milhões. Seguramos no peito diversas acusações de desvio, corrupção, etc..., Tais denúncias não procediam, e sempre tínhamos uma defesa preparada. Ora, o que poderia ter de errado em se levar dinheiro na cueca; quem nunca saiu sem carteira de casa. Ou quem nunca recebeu do pai uma mesada; afinal o mensalão era uma mesada. Ou receber seis milhões de reais da empresa; os empregados não recebem a participação dos lucros no final do ano. Para toda a pedra atirada, sempre tínhamos um bastão preparado para devolvê-la. E com a pedra que voltava, iam outras tantas. Tal cegueira foi tanto, que muitas vezes achei que meus amigos eram “verdadeiros tapados” por não verem a realidade, quando o “tapado” na acepção da palavra era eu. Mas, graças a Deus, encontrei o remédio para minha cegueira. Pena que só poderei usá-lo no ano que vem, no mutirão que é  feito de dois em dois anos para que os cegos de várias afinidades ideológicas vejam a realidade nua e crua.
Até lá, continuo me sentindo um cego, um verdadeiro Trouxa Mental.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cannelé Bistrot - Visita Obrigatória para quem vai à região das hortênsias e é amante da boa comida.

A região das Hortênsias inclui cidades com paisagens maravilhosas de serem visitadas.
Gramado, Canela e Nova Petrópolis são as principais cidades e possuem verdadeiros cartões postais de beleza.
Com uma vasta gama de hotéis, pousadas e restaurantes que cabem nos diversos bolsos, a região recebe nesta época do ano um contingente de turistas atrás da neve, do lazer, do conforto e da boa gastronomia.
E as cidades oferecem tudo isso.
Quando estive lá, conheci o Cannelé Bristot e provei um dos pratos feitos pelo Chef Eduardo Salamoni.
A pedida foi o Fettuccine com camarão, azeitonas pretas, alcaparras e pomodoro.
O sabor foi inigualável.
O local é encantador. Com um lareira que a noite deve fazer sucesso, a casa tem um  charme todo especial, como todos os locais daquela região.
Tudo somado a atenção fornecida pela amável Mauí, que recepciona os clientes
com carinho e atenção.
Tentei reproduzir a receita neste feriado. Não ficou com o toque especial do Chef Eduardo.
Aí vai.

500 gramas de fettuccine
02 latas de tomate pelado
100 gramas de azeitona preta
02 dentes de alho
300 gramas de camarão fresco
50 gramas de alcaparras
folhas de louro e manjericão
01 colher de sopa de manteiga
02 colheres de azeite de oliva
sal e pimenta a gosto
salsa picada
50 gramas e queijo parmesão

Amasse o tomate pelado até que fique uma papa. Numa caçarola coloque a manteiga e o azeite de oliva e refogue o alho. Quando estiver dourando, junte os tomates, o louro e deixe cozinhar por 10 minutos.
Adicione o sal, a pimenta, o camarão e deixe cozinhar rapidamente ( o tempo do camarão ficar rosado).
Não pode ser muito tempo para não tornar o camarão borrachudo.
Junte as alcaparras, as azeitonas pretas, o manjericão e a salsa e misture tudo.
Jogue sobre o fettuccine cozido "al dente".
Termine com o parmesão.
Um  tinto jovem acompanha bem a receita.
À propósito, segue a foto do brócolis com alho e bacon.
 Bom apetit.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Inverno pede Vinho.

Com o friozinho chegando, a pedida para a estação é uma boa lareira ou, para aqueles que não a tem, um sofazinho com cobertor, um filme e um bom cálice de vinho para degustar.
Não sou um entendido em vinhos, daqueles chatos que mais falam sobre a bebida do que bebem. Para esses, antes de beber um vinho, é necessário fazer um tratado sobre a bebida, taninos, aromas, etc...
Não me filio a essa corrente, pois acredito que como qualquer outra bebida ou comida, cada um tem seu gosto.
Mas escrevo essas poucas linhas, na para digladiar-me com os enólogos, mas sim para repassar aos amigos, que apreciam o vinhoto, que as Lojas Zafarri estão com uma promoção bem interessante de vinhos até o dia 17/07/2011.
São vinhos Brasileiros, Argentinos, Chilenos, Uruguaios, Portugueses, Italianos, Franceses e Espanhóis.
Os preços são bem convidativos.
Desses, separei alguns que já provei e gostei.
Vinho Don Cãndido Reserva Cabernet Sauvignon
 - R$ 24,50
Vinho Boscatto Reserva Cabernet Sauvignon - R$ 33,50




Vinho Santa Helena Reservado Carmenère - R$ 15,90




Vinho Português Periquita Tinto - R$ 25,70



São alguns dos varietais que já consumi e gostei. 
Com um bom queijo, que pode ser encontrado no Abrelino Sgorla, o inverno se tornará mais aquecido, com certeza.
Bon apettit.

domingo, 19 de junho de 2011

Provei e Aprovei. Schmitt Sparking Ale. Uma Delíca.

Este final de semana resolvi tomar uma cerveja artesanal, para fugir
das marcas tradicionais como Polar, Antártica, Bhoêmia, etc...
Escolhi para provar, levado pela quantidade e pelo preço (R$ 8,90) 
a Schmitt Sparkling Ale, que no rótulo trazia a descrição de ser
uma cerveja fermentada na garrafa.





Para minha grata surpresa a cerveja foi amplamente aprovada, por mim
e pelos amigos que se encontravam presentes.
Saborasa e suave desceu redonda.
Não sou um "expert", mas fica a minha indicação para mais uma delícia
deste país maravilhoso.
Um abraço e "bon apettit"

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Brócolis com alho e bacon. Divino!

O Brócoli ou em italiano "broccolo" é um vegetal da família das Brassicaceae, originário da Europa .
Possui alto teor de cálcio e suas folhas, flores e pedúnculos florais são comestíveis.
Possui 02 variedades muitos conhecidas: o ramoso e de cabeça ou híbrido.
Ramoso

    
híbrido
Podem ser consumidos em forma de saladas, passando por um breve cozimento, refogados, com arroz, assados, etc...

A receita do brócolis com alho é muito saborosa, pois leva o bacon de paleta (bacon com pouca gordura e mais carne, feito da paleta do porco - eu compro na loja do Abrelino Sgorla - fica na Angelina Michielon)
bem douradinho e o aroma inconfundível do alho.
bacon de paleta
Para 04 pessoas a receita leva os seguintes ingredientes:

150 gramas de bacon de paleta picadinho (descarte a pele)
04 dentes de alho amassados
02 molhos de brócolis ramoso lavados e escorridos (descarte a parte mais grossa do caule)
02 colheres de azeite de oliva
sal e pimenta do reino a gosto

Numa caçarola coloque o azeite e o bacon picado e deixe fritar até ficar bem dourado.
Após junte o alho e 10 segundos após o brócolis.
Você ouvirá um tchiiii.Nesse momento 
tampe a panela para num sujar demais o fogão por uns 15 segundos.
Após mexa o brócolis rapidamente. Ele vai ficar bem verdinho e macio
em 01 ou 2 minutos.
Coloque o sal e a pimenta e sirva.
Fica delicioso.
Combina com arroz branco, filé ou bife na chapa e salada verde.
Caso opte por usar o brócolis de cabeça, separe os bouques
e  dobro o tempo do cozimento.
bon appetit.
Não esqueça do Vinho. Um belo cálice.
E viva a vida.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E viva Caxias do Sul, um pedacinho da Itália no Brasil.

Quando fui removido para esta cidade, no ano de 2004, minha satisfação foi imensa.
Sempre quis morar na Serra. Numa legítima região de cultura e tradições italianas.
Sou descendentes de Italianos de ambos os lados, pois, meus pais eram filhos de imigrantes
italianos além de serem primos.
Além de gostar dessa terra, escolhi para ser minha esposa uma descendente dela. 
O mais intrigante é que não a conheci aqui, mas sim na nossa capital.
E somente depois de muitos anos, acabamos vindo morar nesta querência.
Coisas do destino.
Resolvi escrever este blog com o intuito de repassar minhas experiências obtidas na culinária italiana,
afinal todo aquele que tem sangue italiano nas veias é um bom cozinheiro, com pratos típicos da região serrana e também da minha região de origem, a Grande Santiago do Boqueirão, onde quem não é bandido é ladrão, como diz o ditado. Eu preferi adaptá-lo da seguinte forma: quem não é bonito é lindão.
Pretendo trocar experiências com todos que apreciam a boa mesa, incluindo nela os vinhos, queijos, assados, molhos, risotos e massas.
Mas não pretendo ficar somente na gastronomia. No correr das palavras, com a maior humildade, assuntos como política, futebol, economia, lazer e viagens serão bem vindos.
Espero que os amigos gostem e apreciem este cana de comunicação que permite uma aproximação maior entre os internautas.
Bem vindos a bordo dessa viagem pela Caxias do Sul Italiana e Brasileira.