terça-feira, 28 de junho de 2011

Um verdadeiro Trouxa Mental

Estes dias descobri que além da miopia e do astigmatismo que me acompanham desde os quatorze anos, sofro de uma doença bem mais perigosa nos olhos, daquelas que nem os oftalmologistas dão conta. Comecei a perceber que estava sofrendo da cegueira que me impede de ver a realidade. Não sei que nome a ciência dá a esta doença. Acho que chamam de intolerância, fanatismos ou outros nomes que refletem esta cegueira mental.
Sinto que a mesma começou a instalar-se após os anos de chumbo, quando imaginamos que com a chegada das eleições livres, tudo pudesse começar a mudar. A mudança não veio. O tempo passou. E a doença continuou a agravar-se. A cada ano a crença de que tudo que fazíamos era certo e o que os outros faziam sempre estava errado. Éramos os corretos, os honestos, os sábios. Para tudo sempre tínhamos uma resposta ou uma explicação. Falávamos de boca cheia, expressando uma cultura inútil com a vã imaginação de que estávamos com a razão. Mas na mesma medida que defendíamos as atitudes, o tempo teimava em mostrar que a realidade era outra. Ora, pensávamos, o tempo estava errado, e seguíamos a nossa “Jirrad”. Não havia retorno, a doença nos cegava, a mim e a milhões. Seguramos no peito diversas acusações de desvio, corrupção, etc..., Tais denúncias não procediam, e sempre tínhamos uma defesa preparada. Ora, o que poderia ter de errado em se levar dinheiro na cueca; quem nunca saiu sem carteira de casa. Ou quem nunca recebeu do pai uma mesada; afinal o mensalão era uma mesada. Ou receber seis milhões de reais da empresa; os empregados não recebem a participação dos lucros no final do ano. Para toda a pedra atirada, sempre tínhamos um bastão preparado para devolvê-la. E com a pedra que voltava, iam outras tantas. Tal cegueira foi tanto, que muitas vezes achei que meus amigos eram “verdadeiros tapados” por não verem a realidade, quando o “tapado” na acepção da palavra era eu. Mas, graças a Deus, encontrei o remédio para minha cegueira. Pena que só poderei usá-lo no ano que vem, no mutirão que é  feito de dois em dois anos para que os cegos de várias afinidades ideológicas vejam a realidade nua e crua.
Até lá, continuo me sentindo um cego, um verdadeiro Trouxa Mental.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cannelé Bistrot - Visita Obrigatória para quem vai à região das hortênsias e é amante da boa comida.

A região das Hortênsias inclui cidades com paisagens maravilhosas de serem visitadas.
Gramado, Canela e Nova Petrópolis são as principais cidades e possuem verdadeiros cartões postais de beleza.
Com uma vasta gama de hotéis, pousadas e restaurantes que cabem nos diversos bolsos, a região recebe nesta época do ano um contingente de turistas atrás da neve, do lazer, do conforto e da boa gastronomia.
E as cidades oferecem tudo isso.
Quando estive lá, conheci o Cannelé Bristot e provei um dos pratos feitos pelo Chef Eduardo Salamoni.
A pedida foi o Fettuccine com camarão, azeitonas pretas, alcaparras e pomodoro.
O sabor foi inigualável.
O local é encantador. Com um lareira que a noite deve fazer sucesso, a casa tem um  charme todo especial, como todos os locais daquela região.
Tudo somado a atenção fornecida pela amável Mauí, que recepciona os clientes
com carinho e atenção.
Tentei reproduzir a receita neste feriado. Não ficou com o toque especial do Chef Eduardo.
Aí vai.

500 gramas de fettuccine
02 latas de tomate pelado
100 gramas de azeitona preta
02 dentes de alho
300 gramas de camarão fresco
50 gramas de alcaparras
folhas de louro e manjericão
01 colher de sopa de manteiga
02 colheres de azeite de oliva
sal e pimenta a gosto
salsa picada
50 gramas e queijo parmesão

Amasse o tomate pelado até que fique uma papa. Numa caçarola coloque a manteiga e o azeite de oliva e refogue o alho. Quando estiver dourando, junte os tomates, o louro e deixe cozinhar por 10 minutos.
Adicione o sal, a pimenta, o camarão e deixe cozinhar rapidamente ( o tempo do camarão ficar rosado).
Não pode ser muito tempo para não tornar o camarão borrachudo.
Junte as alcaparras, as azeitonas pretas, o manjericão e a salsa e misture tudo.
Jogue sobre o fettuccine cozido "al dente".
Termine com o parmesão.
Um  tinto jovem acompanha bem a receita.
À propósito, segue a foto do brócolis com alho e bacon.
 Bom apetit.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Inverno pede Vinho.

Com o friozinho chegando, a pedida para a estação é uma boa lareira ou, para aqueles que não a tem, um sofazinho com cobertor, um filme e um bom cálice de vinho para degustar.
Não sou um entendido em vinhos, daqueles chatos que mais falam sobre a bebida do que bebem. Para esses, antes de beber um vinho, é necessário fazer um tratado sobre a bebida, taninos, aromas, etc...
Não me filio a essa corrente, pois acredito que como qualquer outra bebida ou comida, cada um tem seu gosto.
Mas escrevo essas poucas linhas, na para digladiar-me com os enólogos, mas sim para repassar aos amigos, que apreciam o vinhoto, que as Lojas Zafarri estão com uma promoção bem interessante de vinhos até o dia 17/07/2011.
São vinhos Brasileiros, Argentinos, Chilenos, Uruguaios, Portugueses, Italianos, Franceses e Espanhóis.
Os preços são bem convidativos.
Desses, separei alguns que já provei e gostei.
Vinho Don Cãndido Reserva Cabernet Sauvignon
 - R$ 24,50
Vinho Boscatto Reserva Cabernet Sauvignon - R$ 33,50




Vinho Santa Helena Reservado Carmenère - R$ 15,90




Vinho Português Periquita Tinto - R$ 25,70



São alguns dos varietais que já consumi e gostei. 
Com um bom queijo, que pode ser encontrado no Abrelino Sgorla, o inverno se tornará mais aquecido, com certeza.
Bon apettit.

domingo, 19 de junho de 2011

Provei e Aprovei. Schmitt Sparking Ale. Uma Delíca.

Este final de semana resolvi tomar uma cerveja artesanal, para fugir
das marcas tradicionais como Polar, Antártica, Bhoêmia, etc...
Escolhi para provar, levado pela quantidade e pelo preço (R$ 8,90) 
a Schmitt Sparkling Ale, que no rótulo trazia a descrição de ser
uma cerveja fermentada na garrafa.





Para minha grata surpresa a cerveja foi amplamente aprovada, por mim
e pelos amigos que se encontravam presentes.
Saborasa e suave desceu redonda.
Não sou um "expert", mas fica a minha indicação para mais uma delícia
deste país maravilhoso.
Um abraço e "bon apettit"

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Brócolis com alho e bacon. Divino!

O Brócoli ou em italiano "broccolo" é um vegetal da família das Brassicaceae, originário da Europa .
Possui alto teor de cálcio e suas folhas, flores e pedúnculos florais são comestíveis.
Possui 02 variedades muitos conhecidas: o ramoso e de cabeça ou híbrido.
Ramoso

    
híbrido
Podem ser consumidos em forma de saladas, passando por um breve cozimento, refogados, com arroz, assados, etc...

A receita do brócolis com alho é muito saborosa, pois leva o bacon de paleta (bacon com pouca gordura e mais carne, feito da paleta do porco - eu compro na loja do Abrelino Sgorla - fica na Angelina Michielon)
bem douradinho e o aroma inconfundível do alho.
bacon de paleta
Para 04 pessoas a receita leva os seguintes ingredientes:

150 gramas de bacon de paleta picadinho (descarte a pele)
04 dentes de alho amassados
02 molhos de brócolis ramoso lavados e escorridos (descarte a parte mais grossa do caule)
02 colheres de azeite de oliva
sal e pimenta do reino a gosto

Numa caçarola coloque o azeite e o bacon picado e deixe fritar até ficar bem dourado.
Após junte o alho e 10 segundos após o brócolis.
Você ouvirá um tchiiii.Nesse momento 
tampe a panela para num sujar demais o fogão por uns 15 segundos.
Após mexa o brócolis rapidamente. Ele vai ficar bem verdinho e macio
em 01 ou 2 minutos.
Coloque o sal e a pimenta e sirva.
Fica delicioso.
Combina com arroz branco, filé ou bife na chapa e salada verde.
Caso opte por usar o brócolis de cabeça, separe os bouques
e  dobro o tempo do cozimento.
bon appetit.
Não esqueça do Vinho. Um belo cálice.
E viva a vida.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E viva Caxias do Sul, um pedacinho da Itália no Brasil.

Quando fui removido para esta cidade, no ano de 2004, minha satisfação foi imensa.
Sempre quis morar na Serra. Numa legítima região de cultura e tradições italianas.
Sou descendentes de Italianos de ambos os lados, pois, meus pais eram filhos de imigrantes
italianos além de serem primos.
Além de gostar dessa terra, escolhi para ser minha esposa uma descendente dela. 
O mais intrigante é que não a conheci aqui, mas sim na nossa capital.
E somente depois de muitos anos, acabamos vindo morar nesta querência.
Coisas do destino.
Resolvi escrever este blog com o intuito de repassar minhas experiências obtidas na culinária italiana,
afinal todo aquele que tem sangue italiano nas veias é um bom cozinheiro, com pratos típicos da região serrana e também da minha região de origem, a Grande Santiago do Boqueirão, onde quem não é bandido é ladrão, como diz o ditado. Eu preferi adaptá-lo da seguinte forma: quem não é bonito é lindão.
Pretendo trocar experiências com todos que apreciam a boa mesa, incluindo nela os vinhos, queijos, assados, molhos, risotos e massas.
Mas não pretendo ficar somente na gastronomia. No correr das palavras, com a maior humildade, assuntos como política, futebol, economia, lazer e viagens serão bem vindos.
Espero que os amigos gostem e apreciem este cana de comunicação que permite uma aproximação maior entre os internautas.
Bem vindos a bordo dessa viagem pela Caxias do Sul Italiana e Brasileira.